A Cultura como espaço de Liberdade

Maria Teresa Horta
Chameada de Pássaros


Notas Biográficas
Maria Teresa Horta é escritora, poetisa e jornalista. Estudou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Dedicou-se ao cine-clubismo, como dirigente do ABC Cine-Clube, ao jornalismo e à questão do feminismo tendo feito parte, juntamente com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, das Três Marias, que lançaram o livro "Novas Cartas Portuguesas. Fez parte do grupo Poesia 61 e publicou diversos textos em jornais como Diário de Lisboa, A Capital, República, O Século, Diário de Notícias e Jornal de Letras e Artes, tendo sido também chefe de redacção da revista Mulheres. É autora de uma vastíssima obra em poesia e prosa, de entre a qual: Espelho Inicial ; Tatuagem ; Cidadelas Submersas; Amor Habitado; Minha Senhora de Mim ; Educação Sentimental ; As Mulheres de Abril ; Poesia Completa I e II ; Os Anjos; Minha Mãe, Meu Amor; Rosa Sangrenta; Só de Amor; Inquietude; Les Sorcières - Feiticeiras; Palavras Secretas (Antologia); As Palavras do Corpo (Antologia de poesia erótica); Poemas para Leonor; Meninas; Ambas as Mãos sobre o Corpo; Novas Cartas Portuguesas; O Transfer; A Paixão Segundo Constança H.; A Mãe na Literatura Portuguesa; As Luzes de Leonor. A 8 de março de 2004 foi feita Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e foi galardoada com o Prémio D. Dinis 2011 da Fundação Casa de Mateus pela sua obra "As Luzes de Leonor".


Emílio Guerra Salgueiro
Ou da liberdade como espaço de cultura?


Argumento
Liberdade e cultura, duas faces da mesma moeda, arrastam-se uma à outra, e não sobrevivem se se procurar separá-las. A defesa desta sobrevivência-a-dois faz parte dos direitos e deveres do homem e cidadão.

Nota Biográfica
Emílio Eduardo Guerra Salgueiro é Psicanalista e Psiquiatra de crianças, adolescentes e adultos. Membro da Associação Psicanalítica Internacional (IPA), é membro titular e didata da Sociedade Portuguesa de Psicanálise e da sua Comissão de Ensino. A sua lista de colaboração académica é extensa: professor auxiliar do Instituto Superior de Psicologia Aplicada, na cadeira de psicopatologia da criança e do adolescente; professor na Clínica Universitária de Pediatria do Hospital de Santa Maria, da cadeira de psicologia e psiquiatria infantil, coordenador do núcleo de Saúde Mental infantil e Juvenil, professor do Curso de Formação em Psicanálise, do Instituto Português de Psicanálise. Foi presidente da comissão diretiva do Centro Doutor João dos Santos - Casa da Praia - e também da Associação Portuguesa de Psiquiatria da Infância e da Adolescência. Autor de numerosos artigos e publicações, na revista Análise Psicológica, no Jornal Sociedade de Ciências Médicas e na Revista da Sociedade Portuguesa de Psicanálise, entre outras, editou a sua tese de doutoramento intitulada Crianças irrequieta: três estudos clínico-evolutivos sobre a "instabilidade motora" na idade escolar e a obra “Jacob Rodrigues Pereira”.


Miguel Lamas
Poesia Presa


Argumento
Os encontros Poesia Presa acontecem às terças-feiras no Estabelecimento prisional de Lisboa. Dentro dele há uma comunidade terapêutica na Ala G, com um portão gigante de ferro à entrada. Para lá do portão, depois do longo corredor, com celas de ambos os lados, encontra-se a biblioteca onde um grupo de reclusos explora a espontaneidade de dizer palavras. Falamos de pessoas reunidas que ousam dizer poesia, exprimem emoções com o corpo, exploram os cinco sentidos por entre as palavras, testam a voz, experienciando o sabor de um certo tipo de liberdade, que a poesia sempre traz consigo.

Nota Biográfica
Miguel Lamas |Toulouse, 1972| Formou-se em Sociologia e em trabalho educativo de rua. Desenvolveu acompanhamento de âmbito psicossocial no Centro de Atendimento a Toxicodependentes (CAT) do Restelo. Coordenou a Equipa de Acolhimento Nocturno da Câmara Municipal de Lisboa trabalhando com pessoas em condição de sem-abrigo. Integrou o grupo de trabalho dedicado à “Participação” da Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas Sem Abrigo. Desenvolveu o projecto de acesso aos direitos sociais com jovens do Bairro Padre Cruz de Lisboa com a chancela do “Enter! Long-Term Training Course for Youth Workers on Access to Social Rights for Young People”, do Conselho da Europa. Frequentou o laboratório da Palavra Dita, ministrado pela actriz Natália Luiza, no Teatro Meridional. Anima um workshop semanal de poesia na comunidade terapêutica, Ala G, do Estabelecimento Prisional de Lisboa, a um grupo de 11 reclusos. É professor da disciplina de Área de Integração na Escola Técnica Psicossocial de Lisboa e ministra workshops a diversos públicos em contextos ditos desfavorecidos.

Fernando Alves
Tenho Medo! Que vejo em mim?


Notas Biográficas
Jornalista há 40 anos, a voz e a escrita de Fernando Alves são, já há muito tempo, uma referência da rádio e do jornalismo portugueses. A sua crónica, Sinais, emitida diariamente na TSF, é um dos espaços fundamentais de pensamento crítico e humanismo na comunicação social. Ligado à fundação da cooperativa, veio a criar a Telefonia Sem Fios, a TSF. Em 2015 a edição do festival literário Escritaria, atribuiu-lhe o Prémio Carreira/Jornalismo